Respira mas não pira
Não pense e contenha-se
Não lhe cabe ,então sente-se
Não imagine estar isenta
Boas moças não comentam
Se te arde a língua
engula a gula
com amargura e pimenta
Aguenta!
Firme,aguenta!
Ande em cima da linha e atina
: sem mover uma palha sequer
alinha-se e repensa:
não se deve pensar
Não inventa tentar
respirar na clausura do teu corpo limítrofe
de todos os desejos seus que ora não te pertecem
Levantar-se é sentença dada :deserdada
Declara-se culpada ,assassina !
Estrangulou par de soluços na garganta
Executou a sangue frio a sinfonia do revel
Rebeldia essa de não conter-se
e descontar-se em múltiplas faces.
deixando o plenário [bando de salafrarios]
a sentenciar as paredes da própria autoridade
Não é sequer flor que se cheire,ainda na flor da idade
- ouvira-lhe o jugo às costas frias de um suor que escorria-lh têmpora abaixo de tais destemperos.
Enfrentar o veredicto dos espelhos é crucial
fustiga-lhe o passado sempre e sempre sentencial
de descaminhops do qual segue foragida
Dedos apontados à ferida
Transitando dia a dia
sem pensar em ser julgada
(M.Almeida )
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