Assim...quase ao acaso esqueci VOCÊ.Por mero lapso cauculado(?!) de pré-consciência...
A primeira vez que nos tocamos,despidos até mesmo de nossas peles ,pressenti .Como se já soubesse que aconteceria.Não suportaria perder-te.
Pranteei-nos antes mesmo de desconfiar amar-te ,e prevendo que o esqueceria AQUI,IRREMEDIAVELMENTE : EM MIM !
Retive talvez irresponsavelmente cada centelha de presença fugidia, cada fagulha que pude da sua energia ,e acomodei-nos confortavelmente no compartimento supostamente mais inacessível da minha alma ,na ânsia de que um dia retornasse para retomar a parte sua que apoderei-me por não suportar sequer imaginar,a dor da sua partida .Apoderei-me mesmo sem intenção de devolver-lhe jamais ...uma intenção subjetivada apenas na agonia iminente .Doeu perceber que teria que seguir vivendo:um dia após o outro negando a espera desse meu querer traiçoeiro. Porque traí-me ao voltar a acreditar em amor.
Desorientada,tranquei-nos ( sim,a esse indissociável "nós " que o meu sentimento solidificou)...tranquei-nos no espaço mais remoto de mim,pra que aquela "eu" que ainda não havia lhe reconhecido como o meu amor,retornasse à razão e voltasse a ser a "eu" mais presente àquele "self" com o qual estava familiarizada .
Escondi-me fora dos sonhos ,ignorando então o pequeno espaço de sentimento em que espremi a enormidade do que já éramos sem sequer saber !Um processo dolorido fazer caber tanto em tão pouco tempo e pouco espaço...impossível não transbordar a dor para o plano físico.
Cúmplice do querer a que eu própria proibi-me ,olvidei deliberadamente que seria fatal esquecer VOCÊ DENTRO DE MIM.
Parte da sua essência ,que consegui manter amordaçada na memória ,ante a febre acometida dissolveu-se parecendo inudar todos os poros do meu organismo .Não atinei de imediato!Mas há VOCÊ em toda parte !
VOCÊ PERMANECE em cada arrepio involuntário da minha pele...
VOCÊ PERMANECE em cada palavra engasgada por temor de pronunciar seu nome sem querer..
VOCÊ CONSEGUE PERMANECER em cada estímulo nervoso que me impulsiona a sentir(te) e a escrever (te)
Catei-te em todos os pedacinhos de cada folha de papel que amassei e rasguei pra que eu mesma não ousasse ler o que sinto...
Algum dia entenderá quantos fragmentozinhos de VOCÊ liquefizeram-se na ausência e escapuliram-me pelos olhos enquanto eu fingia dormir .Sei pois,que também esqueci-te muitas manhãs no meu travesseiro ,na ilusão de sentir o seu contato sobre a pele do meu rosto na noite seguinte ...
Há VOCÊ em todos os lugares ,até mesmo mesmo nas partículas de poeira que se desenham sobre os raios de lua que brincam nos meus cílios quando tento adormecer com o rosto voltado à janela.
Dia desses ,esqueci-te no bolso porque todas as vezes em que levava a mão até ele ,era pra acariciar meus próprios dedos na tentativa de forjar o calor da sua mão.
Existem mil clones seus inventados por essa minha saudade delatora:
Vi-te claro,negro,magro,gordo,jovem,velho...alto,baixo...e os bebês que me sorriem do alto do colo das mães ,também teem o seu sorriso ...a versão mais linda que consegui construir de quem vez por outra destrói-me por dentro.
Há VOCÊ em todo mundo,desde que ,todo o mundo que eu conheço ,da forma que conhecia,mudou quando viu-se impregnado dessa imagem constante ,enraizada em mim.
SIM !Eu esqueci VOCÊ EM MIM ,sem imaginar que o carinho com que alimentei sua presença ,fê-lo crescer de forma a ocupar mais espaços do que eu jamais imaginara !
ESQUECI VOCÊ EM MIM de uma tal forma,que ao lembrar-me que ainda posso ter uma vida pela frente ,torna-se inevitável recordar que sinto necessidade da sua presença constante nela .É loucura isso ? As vezes penso que sim,mas...MINHA VIDA ,minha vida teima em se auto intitular "NOSSA VIDA
( M.Almeida )
♫♫
Eu gostaria que o tempo parasse quando nos falamos E que aparecesse em um pleno dia no céu, um milhão de estrelas,
Para que eu fizesse uma promessa, sem que meu sol se esconda
E que a gente pudesse ser de novo, dois sem se fazer mal
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E eu gostaria de me esconder, sob tuas pálpebras Para que tu pudesses me ver, quando fizeres tuas orações
E eu gostaria de quebrar todas essas luzes
Aquelas te impedem de ver, um pouco mais claro,
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