Um amor barulhento
desses que redundam nos recônditos
inquietantes das bocas
Ressoam nos escombros dos cômodos
mais incômodos das memórias ...
Faminto ! Amor que abocanha as letras
engolidas à seco e devolve-as ao ego
ricochetendo-as no diafragma
Queimam ,magma.Inflamam o silêncio mortal
em refluxo lento de solfejos que me escapam
pelos lábios entreabertos à espera dos seus beijos
Um amor violento ,apertando-me a garganta
e esvaindo o veneno na secura da língua
À longa data a tortura escorre-me quente entredentes
em gemidos bizarros que me fazem dormente,
enquanto escarras o sarcasmo da sua ausência sobre minha face...
Escarneces desse sofrimento ejaculando sobre a eloquência
da minha fragilidade ,o liquido viscoso e azedo da sua abstinência
( M.Almeida )
Intenso, pulsante.
ResponderExcluirCerta vez escrevi um poema no meu blog sobre o Amor, mas com outro desdobramento.
"Mas o Amor sendo pois completude
te escorreria nos poros, e resplandeceria-te também errante?
Por sob teus tantos medos;
Ou te beberia deles em todos os teus nomes?
E te entregaria à pungente dilatação
Em indagar-se em sê-lo no outro (Amar)ante?!"
(Fernanda Fraga)
* Do poema - 'Sobre o Amor', http://mefaltaumpedacoteu.blogspot.com.br/2012/12/sobre-o-amor.html