Desde o primeiro instante,fadado a nada mais ser como antes .Meteoro caído do acaso,aterrisando no centro de todo o seu equilíbrio emocional.Desde que lhe dirigira a palavra já era SIM sem notar o quanto não tivera consciência da imediatez.Um sequência interminável de ambos...
Acreditava que ele nunca entendera bem o que havia por trás de tantos ' Sins ' .Ela própria não compreendia o motivo mas sentia que não precisava de motivo para compreender .Desde a primeira pergunta despretenciosa ...da primeira resposta intempestiva .Aquele primeiro SIM nunca poderia ser pra um pedido de namoro.Jamais mero consolo da atenção.Só poderia ter sido assim: quando lhe disse SIM ,mesmo que ele não soubesse,mesmo que ninguém pudesse entender ou testemunhar ,casara a sua alma com a dele.Mesmo sem o ver... ,sem solenidade ,sem véu ,sem arrependimento ,vestiu no instante um gesto de muitos mais:eternidade .Pagou-lhe o dote de todos os versos recém nascidos.e das rimas em gestação....ainda pois,de todos os poemas textos não fecundados .E justo ele que sequer desconfiou que mesmo sem o púlpito ,se o coração palpita , dá palpite : confessa-se em SIM. Ali no universo estrito de poucos segundos.Mas muito e tanto além dali. Aonde for.Como for .Quando for.De qualquer cor ,de qualquer jeito .Que se invente ,que se tente ainda desajeitadamente .A rima engana não a quem ama.A palavra usa a trama pra tecer drama mas o coração não mente.
De fato :ele nunca soube e ninguém entendeu ou testemunhou .Ali naquele instante ,casara verdadeiramente a sua alma com a dele ,e o céu lhes emprestou em segredo a noite mais bonita que dispunha ,pra selar o porvir de muitos outros dias ...
( M.Almeida )
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