quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

É pra confundir




Já não  me cabe explicar ,venho pra nos descobrir
na confusão das suas certezas 
nas linhas tortas que ainda não li
Já não nos cabe explicação
a solução não tem mais nome 
quando até da confusão há fome .
Se eu for puxar-lhe o tapete será pra que sobre ele se deite
Cansei de prestar esclarecimentos 
eu vou borrar a curva do tempo nessa sua queda sobre o chão
não pretendo lhe iludir,o importante é confundir (NOS,NUS) :
pernas ,braços,fios, linguas ,fluidos. Caoticamente misturados
em sequência ilógica de tempo,uma  amalgama sólida de ventos a evaporar 
 o visivel em gemidos .A fuga aponta à lâmina sem ponta : incursão
incisiva ao interior um do outro .
Não importa racionalizar ,se é jogo há de embaralhar .Seja você
a carta que não descarta na mesa que não é posta , mas disposta a virar.
Não há resposta pra sua pergunta quando a pergunta é a propria resposta
Confundirá a provocação silente dos labios no vermelho gritante dos meus
inteiramente desapercebidos dos por quês escondidos sob as asas das horas...inteiramente alheios a quem somos por já não haver possibiidade de deixarmos de ser um só desde o mero e ingênuo ato  de nos fitarmos nos olhos



                                     ( M. Almeida )



                                

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