Estendia-lhe a mão fascinada , tão pequenina era
O coração se enchia de alegria ao sentir o toque
daquele pequeno ser assemelhado à uma fadinha.
Um biscuit de cachinhos cor de mel e olhos vivazes
Pensei nisso ao dar-lhe o nome .Chamei-a vida.
Trouxe-a à vida sem perceber que era a minha que ganhava um sentido
graças à sua existência .
Encantava-me leva-la àquela distante e desconhecida terra da minha imaginação
-uma icógnita até para mim mesma .
Uma criança tentando proteger a outra da feiura do mundo real que as rodeava...
Uma criança tentando amparar a outra até mesmo de si e das primeiras marcas que a vida começava a imprimir na pele da consciência.
Bonequinha morena ,a magia da admiração em seus olhinhos negros,doava aos meus o poder de tecer as mais suaves histórias e canções de ninar .Nossas viagens à "dream's Land" em uma nave particular contruída só de amor e sopros doados pelo vento noturno que beijava as paredes frias da velha casa
Abraçadas mais que em corpo , em alma e pensamentos penso que aceditávamos ser imortais e conseguir deter a devastação da inocência causada pelo tempo ( difícil vê-lo como amigo)
Contos ,estórias ,lendas...uma tentiva de colorir a nossa própria história.
Nenhuma jamais conseguiu ser tão linda e mágica quanto a sensação daqueles momentos de aconchego ... nenhuma seria capaz de descrever a perfeição daquela paz momentânea ou o privilégio de sentir a sua presença miúda ,macia e perfumada adormecendo entre os meus braços
( M.Almeida )
Pra Vika ,minha bonequinha morena de cachinhos dourados ( sempre vai ser )
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