sábado, 17 de novembro de 2012

Apenas Palavras







Palavras únicas ,despidas de tempo
Palavra soltas,desembestam no vento
Evocam noites de tormentas 
desalentos que pingam na face 
Palavras tão loucas pelos céus de nossas bocas
Brincando de ter razão , salgadas como espuma do mar
Maré tão clara e nossa ,no momento particular
É sal de lágrima,tempero sutil de amar
Palavras que ficam,deslizam em poesia
O corpo será papel que a manhã anuncia
Mas fujo , por medo da cela vazia
Não me prendo ao que não se permite fazer dia
Mas as palavras...minhas palavras...essas sim
Ficam ...e desasossegadas escapolem
delatoras vorazes ,correm atrás dos desejos...
Buscam-te os olhos .Ah quero tanto roubar-te os beijos
Letras inconsequentes não se põem jamais um fim
traindo tão somente o que de tão real há em mim.
Sim ,irônicamente tem sido você poeta...sim

                      ( M. Almeida )
                      
      

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