quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Desabafo






Pudesse eu tentar romper o denso nevoeiro do teu olhar
Vencendo todos os caminhos traçados pelo silêncio
Se ao menos tivesse eu a força contínua do mar
Irrompendo incessante contra a vaga noite dos teus pensamentos ,Iria sem fim de encontro as interrogações
inscritas se forma crua em nossas solidões.
Queria eu ter a clareza intensa dos rios
que fluem das minhas lembrança ,inundando nossos vazios.Assim seguiria intensa dentro dessa angústia imensa de querer falar-te ...
E falar-te toda,inteira,quase tola
Despida até da minha arte
Se pudesse ter a certeza de ser tão forte
Caminharia repleta de canções transbordando ensejo
Ardendo em desejo ,pra encantar a sorte
De encontrar a mão que me é estendida
Ah,como queria agarrar-me a ti como à vida
E confessar : te amo...te amaria até a morte.

( M. Almeida )

Precisava te dizer tanto. E não direi nada( Caio Fernando Abreu )
                                

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