domingo, 11 de novembro de 2012

De Amor e De Brisas



 






Nas insólitas delicadezas aonde existira , insistira tanta pureza
e semeara tantas verdades intercaladas que não mais cabiam no peito..
Extravazadas pela alma , tracejavam à hidrocor tons tão diferentes sobre a mácula no papel...aonde tambem cravara amarrotada ,a dor.

E assim diluídas ,paradoxalmente descabidas , as horas idas brincaram na moldura aberta das janelas descampadas ...Dos varais esvoaçavam entrelaçadas em fitilhos ,as canções com acordes de manhãs...pois que tanta havia sido a ternura que começara a acreditar em anjos muito embora não pudesse ouvir-lhes as respostas .
Mas juram aqueles que ainda creem ,que mesmo sem lograr o intento,fora aquela garota de cabelos revoltos que abraçara horizontes com os olhos ...fora ela quem inventara o vento para que com a cumplicidade perfumada das árvores ,pudesse vez ou outra beijar fortuitamente o rosto daquele a quem amou .
     
                                                                       ( M. Almeida )

                                 

                                          

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